Alguns produtores da COOMAP começaram os trabalhos de colheita de parte das lavouras produtivas ainda no mês de abril, principalmente nos talhões de plantas mais novas. “A colheita inicial nas lavouras mais novas é importante para reestruturação da planta, para absorver o máximo do vigor produtivo para o ano que vem”, explica o técnico agrícola da COOMAP, Leandro Silvério.

Um dos produtores que colheu parte das lavouras em abril foi Ludiélisson Messias Silvério, no Sítio Vale da Sorte, bairro da Barra, no município de Elói Mendes. O início da colheita na propriedade foi no dia 9 de abril e em 11 dias o café já havia sido colhido em cerca de 27 hectares da variedade Mundo Novo, com mão de obra de apanhadores vizinhos. Nesses dias, a rotina do casal foi totalmente modificada, para que tudo corresse bem.

“Na época da ‘panha’ do café nem precisa acordar tão cedo quando no resto do ano, porque o sol não sai muito cedo, para secar o café no terreiro. A necessidade do nosso trabalho é buscar o café na lavoura para colocar no terreiro e secar”, diz Ludiélisson. Dessa forma, ele e esposa recolhiam, na carreta do trator, o café colhido nos carreadores, em horários pré-determinados. Ele conduzia o trator e recebia os sacos nas paradas, e ela anotava as medidas.

No terreiro, o produtor encontrou uma solução caseira para virar o café: uma charrete de tração animal, adaptada com um rodo, o que facilitou para ele executar o serviço. Depois de seco e após o beneficiamento, o café foi levado para a Cooperativa.

A colheita é, para os produtores, um ponto crucial: é a hora de colher os resultados de um ano inteiro de trabalho.   “O fruto é o resultado do cuidado com a planta. E o resultado está aí no terreiro, graças a Deus, e graças à Cooperativa, que está sempre ajeitando o que a gente precisa, desde a questão financeira ao apoio técnico. ‘Tamu junto’ ”, disse Ludiélisson.

O produtor lembrou que todo o trabalho visa o sustento da família, mas o prazer em realizá-lo vai muito além disso e tem a ver, inclusive, com a sucessão familiar no campo. “Do mesmo jeito que a gente está trabalhando e passando gosto, nós queremos que os nossos filhos no futuro vivam assim também, trabalhando e passando gosto na vida”.

Um levantamento da equipe técnica da COOMAP aponta que, no final de abril, em torno de 23% dos produtores tinham começado a colheita de café. De acordo com o gerente Exploração Agropecuária, Hadas Marques, “desde 2021 os produtores vêm sofrendo com intempéries climáticas e, agora em 2024, vamos ter uma safra média alta. Esperamos com isso retornar à normalidade dentro da produção do café”, afirmou.

A primeira previsão da Conab – Companhia Nacional de Abastecimento – apontou que a safra 2024 deve ser de 58 milhões de sacas no país.  Se ela se confirmar, será a terceira maior safra da história, atrás apenas de 2018 (61,7 milhões/sacas) e de 2020 (63 milhões/sacas).

* Reportagem publicada no Informativo COOMAP Notícias nº 55, de mar/abril-2024. Para ler o conteúdo completo, clique aqui.

 

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