No final de abril e início de maio, muitos produtores iniciaram a colheita de café no nosso município, principalmente em lavouras mais novas. E no decorrer dos próximos meses, a atividade ganha força total, de forma manual, semimecanizada (com as derriçadoras motorizadas portáteis, as “maquininhas”) e mecanizada (com as máquinas colhedoras automotrizes ou tracionadas por trator).

No sítio Macuco, no bairro dos Alves, por exemplo, Marcionilo Leandro Tavares (Tito) reuniu irmãos, a esposa e outros parentes para a colheita familiar no talhão  de 4 mil pés. A expectativa de Tito é de uma boa colheita neste ano e uma safra grande em 2024.

No sítio Cava, o produtor José de Fátima Araújo fez a colheita do café orgânico, nos 3 mil pés. Ele também via com bons olhos a safra deste ano, mas de olho em 2024. “O bom é que a lavoura está muito bonita e projetada para o ano que vem”, afirmou.

Previsão do IBGE:  55,7 milhões de sacas

A produção de café para 2023, foi estimada pelo IBGE em 55,7 milhões de sacas, na previsão feita em abril passado. Isso representa um aumento de 6,5% em relação à produção de 2022. Para o café arábica, a produção foi estimada em 38,5 milhões de sacas.

Boas práticas na colheita

Com o objetivo de se ter uma colheita eficiente e segura, obtendo-se um produto de qualidade, deve-se observar os seguintes procedimentos:

  1. a) Fazer o planejamento da colheita verificando instalações, equipamentos, materiais e pessoal necessário.
  2. b) Manter as plantas daninhas controladas sob as copas dos cafeeiros, facilitando a colocação dos panos de colheita.
  3. c) Programar o início da colheita dos talhões com maturação dos frutos mais precoces, depois colhendo os médios e tardios.
  4. d) Realizar a colheita com 80% dos frutos cereja, evitando colher frutos verdes, que produzem defeitos e pesam menos.
  5. e) Utilizar Equipamentos de Proteção Individual (EPIs), como boné árabe ou chapéu com abas, óculos de proteção, protetor auricular (no caso do uso das deriçadeiras motorizadas), calça e camisa de manga comprida, luvas, botas ou botinas e perneiras.
  6. e) Vistoriar a colheita, impedindo excessos no arranquio de folhas, quebra de ramos e a permanência de frutos na planta.
  7. f) Não deixar o café colhido na lavoura, em sacos ou carretas, por mais de seis horas. O café deve ser levado o mais rápido possível e processado na estrutura de pós-colheita, evitando-se, assim, fermentações indesejadas.
  8. g) Efetuar o repasse, recolhendo frutos que ficaram na planta ou no chão após a colheita, evitando a reinfestação da broca.

Fontes: Procedimentos para Colheita de Café – Embrapa – 2015

Café – Colheita e Pós-colheita – Senar – Brasília – 2017

Matéria publicada no Informativo COOMAP Notícias nº 49 (março/abril 2023). Clique aqui para ler a versão digital.

 

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