A CONAB – Companhia Nacional de Abastecimento divulgou, no último dia 18 de janeiro, o 1º Levantamento da Safra 2022, com estimativa de produção de 55.743.100 sacas de café beneficiado no Brasil, o que representa 16,8% a mais em comparação com 2021. Em Minas Gerais a previsão é de 26.997.000 (21,9% a mais que na safra passada). E no Sul de Minas, a primeira estimativa é de produção de 13.968.500 sacas (aumento de 18,9% em comparação com o que foi colhido na safra 2021).
Mas como era de se esperar, devido às intempéries climáticas como estiagem e geadas ocorridas em áreas produtoras, a cultura não alcançará o potencial produtivo esperado, já que esta é uma safra de bienalidade positiva. Segundo a Conab, em Minas Gerais, por exemplo, a produção deve ficar 22% menor que a última safra de bienalidade positiva, que foi em 2020.
Para o eng. agrônomo e pesquisador da Fundação Procafé, Alysson Fagundes, a queda de produtividade em 2022 em relação ao potencial (safra semelhante a 2020) não é inferior a 30%. “Alguns colegas, engenheiros agrônomos, consultores, relatam uma quebra de 40% na produtividade do café arábica”, revelou. Apesar dessa perspectiva, há lavouras que vão produzir mais e outras menos, mas a situação geral deve ser esta, segundo o agrônomo.
O 2º Levantamento da Safra de Café 2022 da Conab vai ser divulgado no dia 19 de maio.
CINCO FATORES INTERFERINDO NESTA SAFRA 2022
Segundo Alysson Fagundes, da Fundação Procafé, cinco questões estão interferindo nesta safra de 2022:
1º – A seca da pré-florada de 2020, – de março a outubro daquele ano, que foi catastrófica e impactou na safra de 2022
2º – O veranico de meados fevereiro ao final de maio de 2021, que piorou o crescimento da lavoura.
3º – As geadas de julho de 2021, um mês de frio intenso, com temperaturas mínimas abaixo dos 7 graus no sul de Minas. A geada do dia 20 foi forte e a geada do dia 30 voltou a prejudicar lavouras e impactou na florada.
4º – A seca da pré-florada de 2021.
5º – Não Pegamento da florada e do desenvolvimento dos botões florais para a safra de 2022, por causa de distúrbios fisiológicos causados pelos itens anteriores.
Obs.: A reportagem acima foi publicada no Informativo COOMAP Notícias º 42, de janeiro/fevereiro de 2022.
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